DANIELA BORGES
É jornalista e escreve para publicações especializadasnas áreas de arquitetura e design.
danielaborges@terra.com.br
A vida precisa de transformações
Visitar lojas de decoração é uma imersão ao mundo das
formas. Gosto de praticar esse exercício de campo. Sempre gostei, desde
pequena. Mesmo que não seja para comprar nada, apenas observar. Além de
inspirador, já que nos fornece ótimas ideias de composições, o passeio
também traz algo de terapêutico. Não sei se com você é assim, mas a beleza
me faz bem, a harmonia incita-me à reflexão e a organização me acalma.
Isso sem contar nas peças de design, que me surpreendem, sempre.
É interessante perceber o comprometimento de alguns
designers com a integração entre funcionalidade e estética, enquanto
outros só exibem seu compromisso com o conceito. A utilidade é apenas uma
conseqüência. A criatividade é instigante e, no caso de ser contagiante,
ainda me valho dessa influência criadora. Acredito no poder transformador
da arte que está por trás de um projeto de design de interior.
Nós, seres humanos, fomos feitos para viver bem e esse
conceito passa obrigatoriamente pela moradia. Não se trata de um tema
supérfluo ou banal. Investir em projetos arquitetônicos e de decoração é
aplicar em qualidade de vida. No contexto da linguagem comum, o conceito de
qualidade de vida está relacionado a tudo aquilo que promova bem-estar e o
ambiente físico exerce enorme influência nesse aspecto.
Proponho aqui ações terapêuticas de reformas domésticas,
pinturas de paredes ou até mudanças de mobiliário. Renove. Está sem tempo?
Mude o sofá de posição, coloque um quadro na parede ou um vaso no canto.
Pode parecer pouco, mas a vida precisa de transformações, de um toque de beleza,
uma pitada de encanto e uma lufada de novidade, para não cairmos nas
armadilhas da mesmice.
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